O líder da oposição, Pedro Nuno Santos, não foi à tomada de posse do novo governo porque não e ponto final, mas reservou uns minutos do seu tempo para reagir ao discurso do recém-empossado primeiro-ministro. Falou em chantagem, vitimização e queixume do PSD. As duas primeiras são habituais no léxico político. Já queixume é mais rara.
Quando a oiço é sempre com a voz de Francisco José: “olhos negros são queixume / d’uma tristeza sem fim.” Os olhos de Luís Montenegro são azuis, os do ciúme, de acordo com a canção, mas foi nas palavras e não no olhar que o secretário-geral do PS detetou queixume, sublinhando peculiarmente a sílaba tónica, tornando o queixume ainda mais queixinhas, lamuriento, choradinho.
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