A oferta de habitação no mercado de arrendamento nacional continua a crescer. Quatro cidades portuguesas registaram crescimentos homólogos superiores a 100%.
A oferta de casas para arrendar disponível no mercado português disparou 102% em Lisboa e 129% no Porto no primeiro trimestre de 2024, quando comparado com o período homólogo, segundo os dados revelados pelo ‘idealista’ esta quarta-feira, 17 de abril.
A nível nacional verificou-se um crescimento homólogo de 81% na oferta de habitação para o mercado de arrendamento, com Bragança (191%) e Leiria (128%) a registarem também subidas acima dos 100%.
Já Aveiro (99%), Braga (92%), Coimbra (84%), Castelo Branco (73%), Faro (71%), Vila Real (67%), Beja (64%), Funchal (55%), Setúbal (55%), Guarda (29%), Évora (28%), Ponta Delgada (17%), Santarém (10%), Portalegre (8%) e Viseu (3%), foram as outras capitais de distrito que observaram aumentos da oferta de habitação disponível para arrendamento. Por sua vez, Viana do Castelo (-2%), foi a única capital de distrito onde o stock disponível para arrendar desceu.
Olhando para os últimos 12 meses, Bragança verificou um crescimento expressivo na oferta de casas para arrendar de 153%, seguindo-se Leiria (119%), Porto (103%), Lisboa (87%), Braga (83%), Aveiro (75%), Coimbra (72%), Faro (65%), Castelo Branco (64%), Santarém (52%), Guarda (50%), ilha da Madeira e Setúbal (ambos 50%), Évora (34%), Beja (33%), Portalegre (33%), Viana do Castelo (30%), Viseu (27%), Vila Real (19%) e Ilha de São Miguel (12%).
Ruben Marques, porta-voz do ‘idealista’, considera que “algumas iniciativas implementadas pelo anterior Governo no setor da habitação parecem estar a impactar o mercado de arrendamento em Portugal, com um aumento significativo na oferta de casas para arrendar. As restrições ao Alojamento Local, o fim do regime de Residentes Não Habituais (RNH) e a redução de impostos sobre as rendas podem também ter contribuído para um reforço da disponibilidade de imóveis no mercado”.
Contudo, o responsável salienta que os próximos meses vão ser decisivos para observar o comportamento do mercado de arrendamento, “tendo em conta a evolução do contexto económico e político, nomeadamente a revogação de algumas medidas do ‘Mais Habitação’ tal como anunciou recentemente o novo Governo”.