Este valor “incorpora um efeito extraordinário de 22,2 milhões de euros”, acrescenta a empresa, sem o qual o resultado líquido ficaria nos 45,7 milhões de euros, um crescimento de 30,6%. Este efeito decorre de “ajustes para uma entrada adicional de taxas de atividade relacionadas com uma decisão judicial favorável, originalmente reportada no 4.º trimestre de 2023, de 31,7 milhões de euros (9,5 impostos, 22,2 após impostos)”, detalha a Nos.
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 6,3% face aos três primeiros meses de 2023, atingindo os 184,5 milhões de euros.
E as receitas chegaram aos 403,3 milhões, um crescimento homólogo de 5,7%. O segmento das telecomunicações cresceu 5,4%, “refletindo o aumento do número de serviços” (em 197 mil para um total que supera os 11 milhões). Já a vertente de cinema melhorou as receitas em 11,6%, para 22,8 milhões, tendo vendido “mais de 1,7 milhões de bilhetes” nos primeiros três meses, um crescimento homólogo de 14,7%.
O número de subscritores móveis aumentou 2,6% para 5,96 milhões, enquanto os de televisão aumentaram 0,3% para 1,67 milhões. No caso de clientes com mais do que um serviço, estão em causa agora 1,16 milhões, um acréscimo de 4,7%.
A empresa dá nota também de que “investiu 22,2% das receitas de telecomunicações no primeiro trimestre do ano” e que o investimento total atingiu 92 milhões de euros.
Relativamente à rede de 5G, a Nos cobria, no final de março, “mais de 96% da população portuguesa, valor que compara com 81% da população coberta com 5G na União Europeia”, pode ler-se no comunicado. E quanto à rede fixa de última geração chega a 5,5 milhões de lares, mais 166 mil do que um ano antes, sinaliza ainda.
“O crescimento sustentado registado no primeiro trimestre do ano é o reflexo tangível da nossa estratégia de liderança assente num firme compromisso com a inovação e com a entrega de valor aos nossos clientes e à sociedade”, afirmou o presidente executivo da Nos, citado no comunicado.
“Passada uma fase de avultado investimento em 5G, estamos agora focados em explorar ao máximo as potencialidades desta tecnologia, com produtos e serviços que reforcem a competitividade das empresas e o bem-estar das famílias”, sublinha o responsável, acrescentando que, em paralelo, a empresa tem vindo “a acelerar o programa de transformação” com base “na massificação da utilização de inteligência artificial, para impulsionar o nível de eficiência” das operações.
Miguel Almeida indica ainda que a Nos reforçou a aposta na inovação “como forma de responder às necessidades cada vez mais exigentes” dos clientes, afirmando que a empresa “é a que mais investe em Investigação e Desenvolvimento em Portugal, um esforço que se reflete em ganhos de competitividade para as empresas nacionais, bem como para a aceleração da transição digital da sociedade portuguesa”.