O primeiro-ministro, Luís Montenegro, que manteve, esta quarta-feira, uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, garantiu o apoio político, económico, humanitário e militar de Portugal à Ucrânia “enquanto for necessário”.
“A Ucrânia pode contar com o nosso apoio político, económico, humanitário e militar enquanto for necessário. Trabalharemos juntos para construir a paz na Europa e no mundo”, pode ler-se numa publicação do novo primeiro-ministro português na rede social X.
Luís Montenegro respondia a outra publicação no X do chefe de Estado ucraniano, que divulgou uma conversa telefónica com o social-democrata.
Thank you, President @ZelenskyyUa. Ukraine can count on our political, economic, humanitarian and military support for as long as it is needed. We will work together to build peace in Europe and the world. https://t.co/Cgev9unDnm pic.twitter.com/23hYlx8Fjx
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) April 3, 2024
Nesta publicação, Zelensky reiterou as felicitações a Luís Montenegro pela sua tomada de posse esta terça-feira como primeiro-ministro, desejando “um trabalho frutífero para a prosperidade de Portugal”.
Sobre o apoio de Portugal à Ucrânia, que combate a invasão russa, Zelensky explicou que os dois governantes discutiram “a implementação de acordos de defesa anteriores” entre os países. “Instruímos as equipas a começarem a trabalhar na preparação de um acordo bilateral de segurança no âmbito da Declaração do G7. Também coordenamos futuros contactos conjuntos”, adiantou ainda o Presidente ucraniano.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deu esta terça-feira posse ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e aos ministros do XXIV Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
No seu discurso de posse, Montenegro referiu-se à guerra em curso, na sequência da invasão russa em Fevereiro de 2022, afirmando que Portugal continuará “a dar todo o apoio à Ucrânia no quadro da União Europeia e da NATO”.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.