Milhares de pessoas foram retiradas das suas habitações em várias regiões do Cazaquistão e da Rússia devido a inundações, informaram hoje as autoridades dos dois países.
No Cazaquistão, quase 100 mil pessoas, mais de um terço dos quais crianças, foram retiradas das regiões afectadas pelas piores inundações registadas nos últimos 80 anos, informou hoje o Ministério para Situações de Emergência daquele país da Ásia Central
“Desde o início das inundações, 99.869 pessoas foram resgatadas, incluindo 36.591 crianças”, informou a assessoria de imprensa do ministério.
No comunicado, o ministério informa que se mantém o estado de emergência em oito regiões do país e que 67 localidades permanecem isoladas devido às cheias, que começaram no final de Março.
O Governo cazaque anunciou hoje que vai aumentar para 10 mil o número de militares que participam nos esforços de resgate e trabalham para aliviar as consequências da catástrofe natural em duas regiões ocidentais do país.
Segundo o Ministério de Emergências, um total de 34.272 pessoas e cerca de 3.000 veículos de diversos tipos participam dos esforços de resgate.
Também a Rússia está a ser afectada por inundações históricas, tendo o nível do rio Ural já ultrapassado o seu recorde e o limiar “crítico”.
De acordo com as autoridades locais, na Sibéria Ocidental, o nível do rio Ishim também está a aumentar.
Estas inundações são causadas por fortes chuvas associadas ao aumento das temperaturas e do degelo e à ruptura do gelo do inverno que cobre rios e riachos.
Em Orenburg, capital da região homónima que faz fronteira com o Cazaquistão, o nível do rio Ural atingiu os 11,29 metros, indicou a Câmara Municipal, o que ultrapassa o “limiar crítico” em quase dois metros.
Mais de 10.700 pessoas foram retiradas na região de Orenburg, onde cerca de 11.700 casas estão inundadas, segundo as autoridades regionais.
Outros tiveram de fazer o mesmo na região de Kurgan, mais a leste, ou mesmo na de Tomsk, onde a subida do caudal do rio Tom ameaça várias aldeias.