Na manifestação “Abril pela Palestina” que decorreu este domingo em Lisboa, no dia marcado pelos seis meses do conflito entre Israel e o Hamas, a líder do Bloco de Esquerda considerou fundamental que Portugal se junte ao grupo de países europeus que já reconheceram o Estado da Palestina.
Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, desafiou este domingo o Governo português a juntar-se outros países europeus no reconhecimento do Estado da Palestina, no dia em que se completa seis meses da guerra entre Israel e o Hamas.
Na manifestação “Abril pela Palestina” que decorreu este domingo em Lisboa, no dia marcado pelos seis meses do conflito entre Israel e o Hamas, a líder do Bloco de Esquerda considerou fundamental que Portugal se junte ao grupo de países europeus que já reconheceram o Estado da Palestina.
“É importante que os países da UE reconheçam o Estado da Palestina como um movimento para a paz e para travar o genocídio para dizer a Israel para lembrar a legitimidade de um Estado e de um povo que está a ser massacrado às suas mãos”, realçou Mariana Mortágua.
Para a líder do BE, “há países que já se propuseram a reconhecer o Estado da Palestina de forma unilateral e é preciso que Portugal se junte a esse conjunto de países e que abandone as suas posições inaceitáveis e irresponsáveis e que Portugal esteja na linha da frente. Por respeito pelo povo português, deve haver reconhecimento do Estado da Palestina como um país independente”.
“Israel matou mais de 30 mil pessoas em Gaza e quase metade dessas 30 mil mortes são crianças. Uma política de genocídio, de extermínio, que Israel está a levar a cabo em Gaza e que precisa de uma mobilização da comunidade internacional. A ONU já o fez”, sublinhou a líder partidária.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33 mil mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
O número oficial de mortos na Faixa de Gaza alcançou hoje os 33.175, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde do governo de Gaza, controlado pelo grupo islamita radical Hamas.