A eurodeputada Maria da Graça Carvalho é a nova ministra do Ambiente e da Energia. A especialista em energia foi a escolhida por Luís Montenegro e aprovada pelo Presidente da República. Maria da Graça Carvalho conta com uma carreira de mais de três décadas nas áreas da energia, alterações climáticas, tecnologia e inovação. Passou por […]
A eurodeputada Maria da Graça Carvalho é a nova ministra do Ambiente e da Energia. A especialista em energia foi a escolhida por Luís Montenegro e aprovada pelo Presidente da República.
Maria da Graça Carvalho conta com uma carreira de mais de três décadas nas áreas da energia, alterações climáticas, tecnologia e inovação. Passou por governos e estava há vários anos no Parlamento Europeu.
Professora catedrática do Instituto Superior Técnico (IST), foi ministra da Ciência e do Ensino Superior nos governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes. Trabalhou com Carlos Moedas e Durão Barroso na Comissão Europeia e está na sua segunda encarnação como eurodeputada do PSD (que integra o Partido Popular Europeu (PPE)).
É atualmente relatora sombra do importante pacote legislativo para a reforma do mercado da eletricidade que foi aprovado na semana passada pelo Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu e que deverá entrar em vigor no final de 2024 que prevê mais apoios para as energias renováveis, incluindo a simplificação de licenciamentos.
Numa entrevista dada ao Jornal Económico a 21 de dezembro já dava a tática para o próximo responsável pela Energia da República Portuguesa.
Se fosse a próxima ministra da Energia em Portugal…
Oh, meu Deus! Não estou a pensar nisso. A função é muito importante, de grande dedicação, a 200%. Para já, estou a acabar os meus relatórios.
Se viesse a ter uma função executiva, como ministra ou secretária de Estado, qual seria o seu plano?
Na energia, quem for ministro tem muito que fazer, mas está tudo muito bem definido, porque houve um pacote legislativo europeu tão grande, que define o que é preciso fazer: é arregaçar as mangas e fazer. É por todos estes regulamentos a funcionar: renováveis, a eficiência energética, os transportes, os edifícios.
É este o caderno de encargos?
Está feito. É muito trabalho a aplicar, são relatórios muito bem feitos, mas são de uma grande exigência, porque são todos em muito pouco tempo. Agora, é não complicar. Não criar barreiras excessivas, desnecessárias, que muitas vezes os Estados-membros põem em relação e aplicar às questões europeias. Descomplicando: temos que ter uma função pública bem capacitada. E um dos problemas que nós temos, temos uma DGEG que precisa de muitos técnicos, precisa de uma task force enorme para pôr e dar despacho rapidamente em poucos dias, dar despacho a todas estes pedidos agora vão ser feitos para renováveis. Vamos ter muitos pedidos e temos de os despachar muito rapidamente.