Segundo o jornal Público, o presidente da associação do 25 de Abril tinha proposto a Marcelo apenas a condecoração de António Spínola, Francisco Costa Gomes e Rosa Coutinho. No entanto, o Presidente da República quis alargar a condecoração aos restantes membros da Junta de Salvação Nacional, constituída no fim do 25 de Abril depois de o golpe de Estado ter derrubado o Governo de Marcelo Caetano.
O motivo pelo qual a Presidência não revelou as condecorações é desconhecido, mas, de acordo com o Público, pode ser interpretado como uma maneira utilizada para evitar uma polémica pública. Em causa está uma carta aberta que várias personalidades fizeram depois de ter sido noticiado em 2022 que o chefe de estado iria proceder à condecoração de António Spínola.
A carta, que descrevia a condecoração como uma “afronta”, mencionava o facto de Spínola ter criado o Movimento Democrático pela Libertação de Portugal, uma organização terrorista de extrema-direita a que pertenceram o atual vice-presidente da Assembleia da República Diogo Pacheco de Amorim e o comentador e advogado José Miguel Judice.