Marcelo Rebelo de Sousa revelou que não houve qualquer objeção aos nomes propostos pelo primeiro-ministro tanto para os cargos ministeriais, como para as Secretarias de Estado e que pela “dificuldade de compor um governo em sigilo” ficaram, aquando da reunião com Luís Montenegro, a faltar alguns nomes.
Já relativamente ao caso das gémeas luso-brasileiras que foram tratadas no Hospital Santa Maria com um medicamento de milhões de euros, uma situação que foi concluída como sendo ilegal pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), o Presidente da República explicou a demora. “A presidência enviou para o Ministério Público (MP) toda a documentação e o MP decretou que era segredo de justiça”, daí que a documentação não tenha sido logo enviada em janeiro, mas antes em dezembro, justificou.
“O Ministério Público decretou que existia segredo de Justiça, mas a CADA [Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos] entendeu que não havia violação e que havia razões que justificavam a divulgação”, explicou ainda.
Questionado ainda se falou sobre o caso com o filho Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo disse que, por entender que é um caso que está sob investigação, não voltou ao assunto.
Ainda instado a comentar a comissão de inquérito pedida pelo Chega ao caso das gémeas, o Presidente da República disse que não comenta a comissão de inquérito e que não pode comentar posições partidárias dado “o facto de estarmos em período pré-eleitoral para as europeias”. “Convoquei eleições europeias há dois dias”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas à saída do Palácio da Ajuda, depois da tomada de posse dos secretários de Estado do atual Governo, cuja lista pode consultar aqui.