As eleiçÔes legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem neste domingo, num escrutĂnio em que mais de 254 mil eleitores sĂŁo chamados a votar e 14 candidaturas se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.
Em disputa nas eleiçÔes, com um cĂrculo Ășnico, estĂŁo 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do MinistĂ©rio da Administração Interna, estĂŁo recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5447 na ilha de Porto Santo.
As 292 secçÔes de voto distribuĂdas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipĂ©lago estarĂŁo abertas entre as 08:00 e as 19:00.
Na corrida estĂŁo uma coligação e 13 partidos Ășnicos. Em relação Ă s eleiçÔes regionais de 2023, a Ășnica diferença em termos de partidos concorrentes Ă© o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas Ășltimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.
O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa DemocrĂĄtica Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU – Coligação DemocrĂĄtica UnitĂĄria (PCP/PEV), Chega (CH), CDS – Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista PortuguĂȘs (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
Encabeçam as candidaturas Miguel Pita (ADN), Roberto Almada (BE), Paulo CafĂŽfo (PS), Marta Sofia (Livre), Nuno Morna (IL), (Liana Reis) RIR, Edgar Silva (CDU – PCP/PEV), Miguel Castro (Chega), JosĂ© Manuel Rodrigues (CDS-PP), VĂĄlter Rodrigues (MPT), Miguel Albuquerque (PSD), MĂłnica Freitas (PAN), Raquel Coelho (PTP) e Ălvio Sousa (JPP).
As eleiçÔes antecipadas deste domingo ocorrem oito meses apĂłs as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da RepĂșblica, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequĂȘncia da crise polĂtica desencadeada em janeiro, quando o lĂder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituĂdo arguido num processo em que sĂŁo investigadas suspeitas de corrupção. O executivo estĂĄ desde entĂŁo em gestĂŁo.
Na Ășltima legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, trĂȘs do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.
O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleiçÔes, entre 1976 e 2015.
Em 2019, o partido fez um acordo pĂłs-eleitoral com o CDS-PP e, em 2023, quando jĂĄ tinham concorrido coligados mas nĂŁo alcançaram a maioria absoluta, os sociais-democratas assinaram um entendimento de incidĂȘncia parlamentar com o PAN para conseguir a maioria absoluta.
Nas legislativas regionais, o representante da RepĂșblica, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força polĂtica a formar governo em função dos resultados (que tĂȘm de ser publicados), apĂłs a auscultação dos partidos com assento parlamentar na anterior legislatura.
Estas sĂŁo as terceiras regionais antecipadas na histĂłria da democracia madeirense.