Segundo Lagarde, será importante esperar pelas novas projeções da autoridade monetária, que já incorporarão também informação relativa aos Estados Unidos (mas não só), numa altura em que a inflação nos consumidores norte-americanos se mantém elevada, acima do esperado, com a expetativa de maior pressão para que a Reserva Federal mantenha juros elevados por mais tempo.
Após a reunião do conselho de governadores desta quarta-feira, o BCE decidiu manter as taxas de juro de referência inalteradas mais uma vez, mas apontou já para o caminho de uma primeira descida, referindo que a “se a avaliação atualizada das perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária resultarem num aumento de confiança de que a inflação está a convergir para a meta de forma sustentada, será adequado reduzir o atual nível de restritividade da política monetária”.
Os dados, para já, parecem apoiar uma primeira descida. Ainda assim, a autoridade monetária continua a seguir a pauta de acompanhar dados reunião a reunião e avisa que “não se compromete previamente com uma trajetória particular para as taxas”.
(Em atualização)