“Estamos a um passo da vitória, mas o preço a pagar é doloroso“, reconheceu o chefe do executivo Benjamin Netanyahu, antes de reunir o gabinete de guerra do seu Governo, citado pela agência France-Presse.
Netanyahu reiterou ainda que, da parte de Israel, “não haverá um cessar-fogo sem o regresso dos reféns” que continuam nas mãos do Hamas, perante a possibilidade de uma delegação israelita participar no Cairo em novas negociações de tréguas, através de mediadores internacionais – Estados Unidos, Qatar, Egito.
“Deixei claro à comunidade internacional: não haverá cessar-fogo sem o regresso das pessoas raptadas. Simplesmente não vai acontecer”, disse o primeiro-ministro, lembrando que a administração do Presidente americano, Joe Biden, compartilha dessa posição.
Netanyahu também culpou o Irão pelo ataque levado a cabo pelo Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos em solo israelita e desencadeou a guerra, e apelou aos cidadãos israelitas para se unirem “na necessidade de continuar a lutar até à vitória completa” em Gaza.
“Esta guerra revelou ao mundo o que Israel sempre soube: o Irão é quem está por detrás do ataque contra nós, através dos seus representantes. Desde 7 de outubro, temos sido atacados em muitas frentes por afiliados do Irão: Hamas (em Gaza), o Hezbollah (na fronteira norte), os Houthis (no Iémen), as milícias no Iraque e na Síria, e também outros ataques”, adiantou.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
O número oficial de mortos na Faixa de Gaza alcançou este domingo os 33.175, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde do governo de Gaza, controlado pelo grupo islamita radical Hamas.