Os hospitais públicos gastaram mais de 1116 milhões de euros com medicamentos no primeiro semestre do ano, um aumento de 12,5% (ou 126,5 milhões de euros) relativamente ao mesmo período do ano passado, valor que já tinha sido o mais alto da última década.
O relatório de monitorização do mercado de medicamentos em âmbito hospitalar indica que, por área de prestação, a consulta externa e produtos cedidos ao exterior foi a que teve maior peso na despesa (43,9%), com mais de 490 milhões de euros, uma subida de 11,6% face a 2023. Segue-se o hospital de dia, com uma despesa superior a 424 milhões em medicamentos (+14,5%), o internamento, com mais de 96 milhões (+3,1%), e o bloco operatório, com mais de 17 milhões (+23%).
A área de prestação em que mais subiu a despesa com medicamentos foi a dos cuidados de saúde primários, tendo o valor aumentado mais de 300%, ultrapassando os 15 milhões de euros.Por unidade de saúde, a Unidade Local de Saúde de Santa Maria (Lisboa) foi a que mais gastou em medicamentos no primeiro semestre do ano, com mais de 133 milhões de euros, seguida pela ULS de São José (Lisboa), com 99,2 milhões de euros, a ULS de Coimbra (98,7 milhões de euros) e a ULS de São João (Porto) com 83,9 milhões de euros. Por área terapêutica, a Oncologia é a que assume o maior peso (33%), com uma despesa superior a 368 milhões, uma subida de 16,6% (mais 52,5 milhões) relativamente ao primeiro semestre do ano passado, seguida da área do VIH, com mais de 121 milhões (+11,9% ou +13 milhões de euros).