Já quase toda a gente sabe o que Frances Haugen andou a fazer nos verões de 2020 e 2021, mas com a publicação de “A verdade do Facebook”, que chega a Portugal pela mão da Casa das Letras, a famosa denunciante traça uma panorâmica que ajuda a perceber como é que Facebook conquistou o mundo e se tornou peça central no debate político.
No livro, Frances Haugen descreve como passou por Google, Yelp e Pnterest – até superar alguma renitência e candidatar-se a lugar que quase ninguém queria no Facebook. Foi nesse momento que deparou com a falta de recursos, os esgotamentos, as traições, as crises políticas de última hora, os traços de amadorismo a preparar eleições e situações de violência étnica ou de danos psicológicos em crianças e adolescentes que a levaram a apresentar denúncia, com múltiplas fotos de ficheiros internos, junto dos supervisores da Bolsa.
O presidente do EUA Joe Biden haveria de a mencionar pela denúncia em cerimónia oficial. Em entrevista ao Expresso, Frances Haugen diz que ainda é cedo para baixar a guarda. “O que vimos desde então deveria deixar-nos muito preocupados relativamente às eleições que aí vêm este ano”.