Do medo de perder alguma coisa à alegria de ficar de fora: o que significa e como é possível passar do FOMO ao JOMO?

Mensagens, redes sociais, e-mails, chamadas: seja por que meio for, o “plim” das notificações do telemóvel é um som sempre presente no dia a dia, pela necessidade do uso da tecnologia, mas também pelo ritmo em que vivemos. A reboque vem, muitas vezes, o medo de perder alguma coisa ou de ficar de fora, popularmente designado como FOMO (Fear of Missing Out).

Mas, mais recentemente, o conceito de JOMO (Joy of Missing Out) tem vindo a ganhar espaço: por oposição, trata-se da alegria, prazer ou mesmo alívio por perder algo. É “uma forma de contrariar, uma espécie de antídoto” para o referido medo, numa tentativa de ver “a outra face da moeda”, explica ao Expresso a psicóloga Soraia Jamal. “É uma abordagem intencional para estarmos mais conscientes do momento presente, que converge também para a área do mindfulness, porque dá-nos a possibilidade de estarmos mais presentes nas atividades do dia a dia, com as sensações internas e com o mundo que nos rodeia.”