O Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, disse, na quarta-feira, que o Comité Central do partido no poder em Moçambique vai “avaliar” a “diretiva” sobre as eleições internas na organização, exigindo “disciplina” aos militantes.
Falando durante o discurso de abertura da reunião do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), Nyusi não se referiu ao processo de eleição do candidato da Frelimo às eleições presidenciais de 9 de outubro de 2024, às quais o atual chefe de Estado não pode concorrer por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos no cargo.
A porta-voz do partido no poder, Ludmila Maguni, declarou, no dia 26 de fevereiro, que o Comité Central vai debater os relatórios da Comissão Política e do Comité de Verificação, adiantando que o ponto sobre a escolha do candidato às eleições presidenciais de 9 de outubro “não foi tema da sessão” da Comissão Política realizada nesse dia.
Na quinta-feira, o histórico militante da Frelimo Óscar Monteiro exigiu que a sucessão de Filipe Nyusi na candidatura à Presidência da República seja incluída na agenda da reunião dos veteranos da organização.
“Há um elefante nesta sala (…) a sucessão do poder, estamos demasiados atrasados e arriscamos a vitória [nas eleições gerais de outubro próximo], se continuarmos neste caminho”, afirmou Óscar Monteiro.
O militante dirigia-se diretamente ao Presidente da República e da Frelimo, no início da reunião do Conselho Nacional da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), um braço político do partido no poder.
Moçambique vai realizar em 9 de outubro próximo as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.