O fecho de 13 urgências de Obstetrícia e Pediatria devido à falta de médicos, no domingo, foi acompanhado por uma maior pressão em outras unidades hospitalares.
Pela manhã, o tempo médio de espera dos doentes urgentes com pulseira amarela no Hospital de Portimão foi de 10 horas e 33 minutos; e no Amadora-Sintra de 9 horas e 58 minutos. Por sua vez, no Santo André (Leiria) a espera foi de 5 horas e 31 minutos; e no Porto (Santo António) os utentes aguardavam quase três horas, segundo dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O
fecho das urgências teve maior impacto nos blocos de partos da Grande Lisboa. Em 10 maternidades, só quatro tinham as urgências abertas: Vila Franca de Xira, Barreiro, Cascais e Alfredo da Costa (Lisboa). Complicada é também a situação para as grávidas do distrito de Leiria.
A urgência de Obstetrícia das Caldas da Rainha fechou cinco dias. Reabre terça-feira pelas 09h00. O mesmo acontece em Leiria, com a reabertura prevista para dia 19. No sábado foram 11 as urgências encerradas.
O SNS confirmou “um pico de afluência de utentes aos serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital do Barreiro, que durante algum tempo não conseguiu receber mais mulheres em trabalho de parto”. Outro pico foi confirmado na maternidade de Vila Franca de Xira. Algumas grávidas foram enviadas para unidades privadas. A situação esteve também complicada na urgência geral do S. Francisco Xavier (Lisboa).
SAIBA MAIS
SANTA MARIA: ABERTURA COM LIMITES
As novas instalações da urgência da maternidade do Hospital Santa Maria, em Lisboa, abrem hoje, mas este mês mantêm-se as cesarianas e as induções de trabalho de parto em outras instituições do SNS da região de Lisboa.
PEDIDA REUNIÃO COM HOSPITAIS
O PS vai pedir para reunir com os hospitais que estão com urgências encerradas. Para o coordenador do grupo parlamentar do PS, João Paulo Correia, “o plano de emergência apresentado pelo Governo para a saúde está a falhar”.