A Amazon anunciou centenas de cortes de postos de trabalho nas vendas, marketing e serviços globais no sistema Amazon Web Services (AWS)
O anúncio dos cortes na equipa AWS ocorreram depois de a Amazon avançar que eliminaria o sistema de checkout sem caixa nas suas lojas físicas nos Estados Unidos. A unidade inclui equipas que supervisionam a tecnologia sem caixa chamada Just Walk Out, os carrinhos de compras inteligentes Dash e a tecnologia de pagamento baseada na leitura de dados biométricos, Amazon One.
A maioria dos cortes serão sentidos na sede em Seattle, estado de Washington, na costa oeste dos EUA.
Apesar de tudo, a AWS é uma das divisões que gera mais receitas para a Amazon. A 1 de fevereiro, a empresa anunciou que os lucros da AWS tinham crescido 13%, na ordem dos 22,2 mil milhões de euros só no último trimestre de 2023.
As maiores empresas tecnológicas têm dispensado milhares de trabalhadores desde 2022, com um pico em janeiro deste ano. A Netflix despediu centenas de trabalhadores, a Disney Plus mais de 7000, assim como a Alphabet, dona da Google, que cortou mais de 12000 postos de trabalho em 2023. A Microsoft, a Nokia, o Spotify, a Meta, entre outras, também seguiu a tendência de despedimentos coletivos no ano passado.
O fenómeno pode ser explicado em parte pelo fim da pandemia de covid-19, isto porque com o fim dos confinamentos e a desaceleração da economia mundial, as empresas tiveram de fazer ajustes e cortar custos adicionais. Outro dos motivos pode ser a aposta na inteligência artificial, que é utilizada para substituir algumas tarefas desempenhadas por humanos.
Entre 2022 e 2023 a Amazon anunciou o corte de mais de 27000 empregos em quase todas as áreas da empresa. A tecnológica despediu funcionários nas unidades Twitch, Audible, Buy with Prime, Prime Video e MGM Studios.