Uma breve viagem pelas mutações da moda desde os anos 60/70 até à criação e expansão do IED – Instituto Europeu de Design, que esteve presente, pelo segundo ano consecutivo, na ModaLisboa, no início de março. Objetivo? Dar a conhecer o que de melhor se faz neste grupo de ensino focado na Moda e no Design, e explorar o potencial de expansão do grupo para Portugal.
La Palice não se manifestou sobre a Moda, que é feita de ciclos, come-backs e disrupções. Mas talvez seja uma “lapaliçada” dizer que entrámos, por fim, num novo ciclo. Porquê? Porque queremos acreditar que passou a ser uma evidência a necessidade de a moda ser slow e não fast. Mas antes de olharmos o futuro de frente, viajamos até aos anos 60/70 do século passado, que para muitos poderão parecer longínquos, mas que marcaram um novo capítulo no consumo, em geral, e não apenas na moda.
Foi então que se passou do “contar o dinheiro todo” ao “vamos gastar, gastar, gastar!”. A fatura da Segunda Grande Guerra deu lugar ao fruir a vida, com prazer e despreocupação. Foi nos anos 60 que o Homem chegou à Lua. E se a aventura espacial serviu de rastilho à criatividade do Ocidente, também trouxe consigo novas técnicas e materiais mais flexíveis. O plástico, claro, tornou-se a grande estrela. Na idade da inocência, i.e., antes de se pensar no impacto e consequências do uso do plástico, essa bonança financeira contribuiu para mudar radicalmente as formas e funções de muitos objetos do quotidiano.
A cultura Pop colocou os holofotes no corpo humano em movimentos livres. Vestuário e acessórios tiveram de ser repensados. E com o apelo à “libertação do corpo” veio, também, uma contracultura, com as mini-saias, calças em tricô, vestidos curtos, acessórios coloridos e fibras sintéticas a irromper na vida das mulheres.
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