Numa conversa com Maria João Avilez sobre o período da troika, Pedro Passos Coelho voltou, pela terceira vez em dois meses, ao palco político. Apesar de dizer que fala pouco para não “haver grande condicionamento do partido”, é o que tem feito de forma insistente e sempre com estrondo e estrago. Como amigos como este, Montenegro não precisa de inimigos.
A primeira farpa que deixou é justa. Depois de recordar que Rui Rio foi oposição interna e que o seu distanciamento em relação à forma como lidou com a intervenção externa sempre foi evidente, o ex-primeiro-ministro recorda que “Luís Montenegro faz parte dessa herança” e que até deve a sua notoriedade no partido ao papel que então cumpriu. E conclui: “a mim parece-me que foi muito evidente nos últimos tempos que houve essa preocupação de tentar desligar.” Isto, apesar de Passos, de forma discreta, o ter apoiado.
Artigo Exclusivo para subscritores
Subscreva já por apenas 1,73€ por semana.