A era da Inteligência Artificial (IA) chegou com a promessa de um crescimento exponencial de eficiência e inovação. Mas além do entusiasmo em torno desta tecnologia transformadora, as empresas enfrentam também desafios significativos ao tentar introduzir a IA nas suas operações, que variam desde as questões técnicas até às preocupações éticas.
A introdução de toda esta transmutação de paradigma enfrenta um repto, jamais experienciado, no que toca à integração nas empresas, no âmbito da qual há ainda muitas matérias que precisam de ser exploradas para realmente se alcançar todo o potencial da IA.
Tendo o Parlamento Europeu aprovado o AI Act, o primeiro conjunto de normas destinado a regulamentar o uso da Inteligência Artificial dentro da União Europeia, há princípios já estabelecidos que regulam a sua utilização.
Pela nossa experiência casuística para as empresas, nesta primeira fase, a prioridade tem sido determinar quais serão as principais áreas nas quais se irá aplicar a IA, uma vez que será necessário repensá-las ou, em muitos casos, quase reorganizá-las. É primordial haver esta bússola e orientação, paralelamente ao conhecimento dos benefícios e riscos desta tecnologia, para depois se avançar para uma fase mais operacional.
As empresas estão a conduzir uma primeira abordagem através de projetos piloto, para perceberem quais são os reais impactos da IA. Através da nossa experiência como parceiros de negócios, estamos a trilhar um caminho que nos dá uma visão holística sobre o tema.
Este ano criamos um Centro de Excelência especializado em Inteligência Artificial Generativa para o qual criamos um roadmap específico na jornada de integração que percorre o caminho desde a familiarização inicial até a adoção de sistemas que imitam a inteligência humana, impulsionando depois a transformação digital nas organizações.
Temos assistido a uma crescente adesão das empresas com projetos pilotos, e esta fase ainda se caracteriza muito pela experimentação. Acreditamos que uma vez ultrapassada esta etapa inicial vamos então passar para o verdadeiro estágio de introdução da literacia desta tecnologia nas organizações.
A IA tem o poder de transformar radicalmente a forma como as empresas operam, mas apenas se forem capazes de transpor a jornada associada à sua implementação. Ao assumirem o desafio deste “terramoto silencioso” através de uma abordagem estratégica e colaborativa com equipas especializadas, poderão posicionar-se para capitalizar as oportunidades oferecidas pela IA e impulsionar o seu crescimento e sucesso a longo prazo.
