Friday, 16 May 2025
  • My Feed
  • My Interests
  • My Saves
  • History
  • Blog
Subscribe
Nahorawes
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
  • 🔥
  • Technology
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Health
  • Entertainment
Font ResizerAa
NahorawesNahorawes
0
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
Search
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
Have an existing account? Sign In
Follow US
© Na Hora News. All Rights Reserved.
Nahorawes > Blog > World > A água que vestimos na roupa que usamos | Opinião
World

A água que vestimos na roupa que usamos | Opinião

Nahora_Admin
Last updated: May 19, 2024 11:15 am
Nahora_Admin
Share
SHARE

É próprio da nossa rotina diária escolher a roupa com que nos apresentamos a cada dia, cravando nessa escolha o simbolismo identitário, que nos distingue de todos os nossos interlocutores. Escolher a roupa que vestimos diariamente é mais do que um simples gesto. É uma declaração de identidade. É um ato sociológico que todos os dias repetimos, consciente ou inconscientemente. Neste gesto quotidiano e rotineiro que é cobrir o corpo, quantas vezes nos questionamos sobre quantos litros de água levamos vestidos na roupa que decidimos usar?

O impacto da produção de vestuário na disponibilidade de água potável tem sido alvo de inúmeros estudos e debates. É uma preocupação global, cujos efeitos nocivos, para as pessoas e para o ambiente, importa travar e reverter. Estamos longe de atingir um justo equilíbrio entre a produção de vestuário e a poluição por esta gerada, em especial na água.

O nosso tempo caracteriza-se por complexas interligações e (inter)dependências. O desenvolvimento mundial está dependente das nossas escolhas, individuais e políticas. As desigualdades globais são escandalosas, mas permanecem invisíveis. O acesso à alimentação, à saúde, à educação, à água potável, à energia, entre tantos outros, permanece vedado a milhões de pessoas, por mais elementar que seja para a sua sobrevivência. O recente relatório “Crimes da moda: gigantes europeus da moda ligados ao algodão sujo no Brasil”, desenvolvido pela Organização Não Governamental Earthsight, indica que grandes marcas retalhistas estão associadas a crimes ambientais e sociais, entre eles corrupção, exploração laboral e desflorestação ilegal, e denuncia uma realidade com consequências globais que não pode ser ignorada.



O vestuário é um direito, inscrito no artigo 25.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A moda é uma indústria, geradora de tendências, muitas vezes segregadoras de classes sociais. Sabe-se que a indústria da moda é das mais poluentes do mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas, este setor é o segundo mais poluente, estando apenas atrás da indústria petrolífera. E a indústria é, cada vez mais, “fast”, tendo já atingido a ideia de ​“ultra-fast-fashion”. O ciclo de produção e consumo é exagerado e desnecessariamente rápido, com consequências sociais e ambientais críticas, num ciclo vicioso de desperdício e descarte difícil de conter.

Se analisarmos a cadeia de produção e fabrico do algodão, fibra mais utilizada no fabrico de vestuário, percebemos o seu impacto social e ambiental, em particular na água. Por norma, o algodão é cultivado em zonas áridas, o que, muitas vezes, interfere com a quantidade de água disponível para consumo humano. Ao mesmo tempo, para produzir uma única t-shirt de algodão, são necessários mais de 2500 litros de água. Sabemos, também, que os produtos químicos utilizados são imensamente tóxicos, contaminando a água e todo o ecossistema que por lá vive. A fase de fabrico e acabamento têxtil representa 20% da poluição industrial global da água.

Além disso, para o acabamento e tingimento de têxteis, são necessárias até 200 toneladas de água por uma tonelada de tecido tingido. É uma equação cujo resultado é desequilibrado e preocupante, sobretudo se multiplicarmos tudo isto pela quantidade incalculável, e dispensável, de roupa produzida diariamente. À vertiginosa produção ultrarrápida de roupa está associada a ideia de um estilo de vida também ele rápido, efémero e descartável. O que hoje é “trendy” amanhã já é “old-fashion”. Se olharmos com seriedade para a raiz desta forma de viver, cabe-nos questionar se tudo isto nos é necessário.



A relevância deste debate amplifica-se quando consideramos os esforços globais para combater as mudanças climáticas e as violações dos Direitos Humanos, sociais e ambientais em toda a cadeia de bens produzidos, como os discutidos nas anuais Cimeiras do Clima das Nações Unidas ou no Parlamento Europeu, com a recente aprovação da Diretiva sobre Dever de Diligência das Empresas em matéria de Sustentabilidade. Nestes debates internacionais, vários países, onde Portugal se inclui, comprometem-se com metas ambiciosas para a sustentabilidade ambiental e social.

Nestes fóruns, debates sobre financiamento climático, transição energética e ações climáticas mais ambiciosas destacam a necessidade urgente de reformas em todos os setores, inclusive na indústria da moda. Portugal, alinhado com os objetivos de neutralidade carbónica até 2050 e com o fomento à economia circular, espelha o movimento global em direção a práticas mais sustentáveis, ambiental e socialmente. As discussões da COP e no Parlamento Europeu enfatizam a responsabilidade compartilhada de governos, indústrias e consumidores na promoção de estilos de vida mais sustentáveis, servindo de lembrete de que a indústria de produção de vestuário deve também seguir este caminho.

O caminho para lá chegar é árduo, e tão longo quanto a nossa indiferença e inação, mas isso não nos impede de olharmos para o futuro com vontade de o alterarmos. Muitas marcas já estão a trabalhar para tornarem a indústria do vestuário e da moda menos poluente. Através do uso de produção “eco-friendly”, da reciclagem de materiais e até mesmo de tecnologias inovadoras que permitem a redução do consumo de água, a “slow-fashion” está a dar os primeiros passos. Há uma preocupação crescente com a ética na produção de algodão e, consequentemente, de roupa.

A responsabilidade não está apenas do lado dos produtores e das marcas. Os governos e as organizações internacionais têm a responsabilidade de continuar a trabalhar para colocar este tema na agenda política, criando regulamentação clara que monitorize as práticas industriais e que favoreça a proteção dos direitos sociais e ambientais.

A nós, cidadãos, cabe-nos a busca de informação fiável e rigorosa; cabe-nos questionar as práticas dominantes; e agir em consequência, individual e coletivamente. E, pelo menos uma vez, façamos o exercício de calcular a quantidade de água que temos pendurada nos nossos armários, escondida na roupa que usamos. Seremos indiferentes ao resultado do cálculo?

A autora escreve segundo o novo acordo ortográfico



Share This Article
Twitter Email Copy Link Print
Previous Article saúde familiar será “um dos eixos” do programa de emergência
Next Article Primeiro-ministro eslovaco fora de perigo – Europa
Leave a comment

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Your Trusted Source for Accurate and Timely Updates!

Our commitment to accuracy, impartiality, and delivering breaking news as it happens has earned us the trust of a vast audience. Stay ahead with real-time updates on the latest events, trends.
FacebookLike
TwitterFollow
InstagramFollow
LinkedInFollow
MediumFollow
QuoraFollow
- Advertisement -
Ad image

Popular Posts

Entre fiordes e debaixo das auroras: uma viagem à Noruega sobre carris | Podcast Sobre Carris

Neste episódio do Sobre Carris, vamos de viagem até à Noruega. Conhecemos as particularidades da…

By Nahora_Admin

as notícias que estão a marcar esta terça-feira

Lagarde no combate à inflação, Fisco tem por cobrar 16 mil milhões de euros em…

By Nahora_Admin

Quando o lobby luso-americano levou a ansiedade do pós-25 de Abril à Sala Oval | Opinião

Ainda os ventos do Verão Quente sopravam em Portugal quando, no dia 9 de Setembro…

By Nahora_Admin

You Might Also Like

World

Suspeito usou faca de cozinha para atacar crianças em Southport. Faz 18 anos dentro de seis dias – Mundo

By Nahora_Admin
World

Empreendedora Halla Tómasdóttir toma posse como presidente da Islândia

By Nahora_Admin
World

Khamenei lidera orações fúnebres de Haniyeh, depois de ordenar ataque a Israel | Médio Oriente

By Nahora_Admin
World

Mais de 100 detidos em Londres após ataque à faca que vitimou três meninas em Southport – Mundo

By Nahora_Admin
Nahorawes
Facebook Twitter Youtube Rss Medium

About US


Na Hora News brings you the latest updates and insights on Portugal’s politics, culture, economy, sports, and more, delivering timely news for a well-informed audience.

Top Categories
  • World
  • Politics
  • Tech
  • Health
  • Travel
Usefull Links
  • About us
  • Contact Us
  • Privacy Policy
  • Terms & Conditions

© Na Hora News. All Rights Reserved. Powered & Designed by Quantum Sites Studio

Always Stay Up to Date

Subscribe to our newsletter to get our newest articles instantly!

Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?